domingo, 13 de janeiro de 2008

Se...

Frio, o mar.
Por entre o corpo
Fraco de lutar.
Quente, o chão onde te estendo e te levo a razão.
Longa a noite e só o sol
Quebra o silêncio, madrugada de cristal.
Leve, lento, nu, fiel
E este vento que te navega na pele.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu (Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.

Sangue, ardente, fermenta e torna aos dedos de papel.
Luz, dormente, suavemente pinta o teu rosto a pincel.
Largo a espera, e sigo o sul,
Perco a quimera meu anjo azul.
Fica, forte, sê amada,
Quero que saibas que ainda não te disse nada.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu (Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.

Pedro Abrunhosa

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